Uma confusão sem fim. É assim que pode ser descrita a situação vivida por um casal que teve sua motocicleta apreendida em Campos. Após receberem autorização para reaver o veículo, o homem e a mulher vêm enfrentando uma série de obstáculos que impedem a retirada da moto do pátio onde ela está armazenada. Para piorar, a proprietária agora lida com mais um constrangimento: o veículo foi colocado a leilão, o que a motivou a entrar na Justiça.

O casal compareceu ao pátio, localizado na Avenida Nossa Senhora do Carmo, na última segunda-feira (14), após a motocicleta ter sido liberada pelo delegado responsável pela apreensão. Nossa equipe de reportagem apurou que o veículo havia sido apreendido para investigação de fatos policiais, mas, como nenhum indício de irregularidade foi encontrado, ele foi liberado.
O Manchete RJ noticiou na terça-feira (15) que o marido da proprietária havia registrado um boletim de ocorrência por lesão corporal contra um segurança do pátio. O episódio ocorreu quando ele foi ao local para solicitar a liberação do boleto necessário à retirada do veículo e foi surpreendido pela postura agressiva de um dos funcionários.
Segundo o casal, o pedido havia sido inicialmente negado, mas, após insistência, conseguiram o documento. Foi nesse momento que o segurança teria se exaltado com a mulher. O marido interveio em sua defesa e, segundo relatou, foi empurrado pelo funcionário, sofrendo lesões corporais.
Além da agressão, o casal afirma que o documento emitido pela empresa responsável pela gestão do trânsito continha cobranças indevidas, e que o papel permaneceu com eles mesmo após a confusão.
A lesão corporal foi registrada na 134ª Delegacia de Polícia, no Centro de Campos. Durante as oitivas, o segurança permaneceu em silêncio. Já o homem que relatou ter sido agredido precisou ser atendido no Hospital Ferreira Machado (HFM).
Na manhã da última terça-feira (15), a proprietária da moto disse que voltou ao pátio para buscar os documentos originais do veículo. No entanto, segundo ela, os funcionários se recusaram a entregar os originais e forneceram apenas cópias rasgadas. A mulher afirmou que irá registrar um novo boletim de ocorrência, desta vez contra a empresa que administra o local, além de processar a mesma que levou o veículo a leilão.