Permissionários do transporte alternativo realizaram na manhã desta terça-feira (6) um protesto em frente à sede da Prefeitura de Campos. A mobilização chama atenção para a crise econômica que ameaça a continuidade do serviço e para a ausência de diálogo com o governo municipal. Segundo os manifestantes, o setor está à beira do colapso.
De acordo com um dos representantes da categoria, desde o início da atual gestão, as tentativas de negociação foram ignoradas. “A categoria vem buscando uma reunião junto com os representantes do IMTT e com o prefeito, mas até então não conseguiu sair essa data. Então, os permissionários se reuniram hoje, mas os veículos continuaram trabalhando. O prefeito informou que não está no município e que pediu ao vice-prefeito para fazer esse atendimento”, contou.
Os permissionários alegam que o modelo vigente tornou-se insustentável, com desequilíbrios econômico-financeiros nos contratos firmados com a Prefeitura.
Além das dificuldades financeiras, os líderes do movimento também cobram esclarecimentos sobre outros temas que impactam diretamente o setor. “Estamos buscando, junto ao prefeito, o entendimento sobre as Estações de Integração do Transporte Público: a pretensão, quando será inaugurada, como está esse projeto. Também queremos discutir o PAC e a refrota, porque da maneira que foi elaborado e como está sendo oferecido, ficou inviável para todo mundo”, explicou Jefferson, uma das lideranças da categoria.
Ele ainda destacou que há um acordo firmado em 2021 com as empresas de ônibus para a construção dos terminais de integração, que não foi cumprido. “Existem rumores de que alguns empresários já estão movimentando processos por falta do cumprimento desse acordo por parte da Prefeitura. Não existe prazo para inauguração das estações e, embora a nova bilhetagem eletrônica já tenha sido licitada, até agora não se sabe nada concreto sobre essas questões. Então, a categoria está buscando esse diálogo para tentar ver o que pode ser feito”, afirmou.
Responsável por garantir o deslocamento diário de milhares de campistas, especialmente em áreas menos atendidas pelo transporte convencional, o sistema alternativo é considerado vital para a mobilidade urbana da cidade. Um eventual colapso no setor comprometeria não apenas o acesso ao trabalho, saúde e educação para comunidades periféricas, mas também agravaria a exclusão social.
A Prefeitura não se posicionou até o momento da publicação.